Confederação da Construção e Imobiliário focada no interesse nacional

27 de fevereiro, 2010
A Associação dos Instaladores de Portugal (AIPOR) considera que a apresentação da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) veio demonstrar três coisas importantes para o País.

Pelo lado da economia - que atravessa uma crise que pode e tem que ser resolvida -, o Sector da Construção e Imobiliário percebeu que tinha que estar unido para poder usar todo o seu peso e complexidade e ser uma alavanca na recuperação económica.

O Governo entendeu e valorizou suficientemente a importância de colaborar com este Sector, definindo uma estratégia e dotando-o de todos os apoios, inclusive financeiros, necessários ao seu desempenho.

E, sob ponto de vista do próprio Sector, pela primeira vez apresentaram-se unidos Subsectores com pesos e características muito diversas, como é o caso dos Projectistas, Construção Civil e Instaladores Técnicos Especiais (Instaladores).
Para realçar a importância da união e da estratégia comum, o recém empossado Presidente da Mesa da Assembleia Geral da CPCI, Filipe Soares Franco, utilizou uma alegoria feliz para demonstrar que o importante é que todos contribuam para uma obra comum e beneficiem dela.

A AIPOR, um dos associados fundadores da CPCI que integra os Órgãos Sociais eleitos para o triénio 2010-2012, também considera que é neste momento de crise que a Confederação é importante para estabelecer uma relação de confiança entre os vários elos da cadeia da Construção. Confiança que até agora não fora trabalhada.

"O que existia até hoje era um conjunto de associações, cada uma voltada para o seu segmento, e que procurava, de acordo com os seus meios, defender os interesses do segmento que representava", refere o Presidente do Conselho Geral da Associação, António Monteiro Pinho. E acrescenta que, do ponto de vista dos Instaladores, a Confederação poderá obter consensos que gerem representatividade junto do Poder Executivo e da Comunidade Europeia.

Isto porque, para além da complexidade, a massa crítica do Sector é muito grande: a Construção representa 200 mil empresas, emprega cerca de 820 mil trabalhadores e é responsável por 18 % do PIB e 49,7 % do investimento nacional. Números que demonstram que o Sector, também no caso português, continua a ser estratégico e essencial para recuperar da crise.

Na tomada de posse, o presidente da Direcção da CPCI, Reis Campos, afirmou que a Confederação "vai ter voz e dar voz às suas Asociações. Vamos fazer a mesma pressão, mas acredito que com resultados melhores".