Painéis Solares Térmicos: Uma forma de cartel?

7 de março, 2009
A Associação dos Instaladores de Portugal (Aipor) alerta que o negócio dos painéis solares pode estar a ser conduzido sob uma forma pouco encapotada de cartel, a confirmarem-se as notícias que dão conta do benefício, por parte do Governo, de apenas três empresas.
Para a Aipor, este negócio levanta, desde logo, profundas interrogações políticas: Como é possível fazer penetrar na apertada malha legislativa europeia anti-cartel medidas deste tipo? Como pode o   Governo Português ignorar a Lei Comunitária e os interesses do tecido empresarial, quer do nosso próprio País, quer do resto da Europa?

A associação que representa os instaladores portugueses (subsector da construção civil) entende que ainda é tempo de o Governo reflectir e, se necessário, inflectir neste processo. Assim o exige a coesão competitiva, valor que é muito caro a esta Associação de Instaladores. A Aipor recorda que, no espaço de poucos dias, o País foi abalado por duas polémicas com um ponto em comum: a existência de um cartel. Primeiro o TGV, agora este processo dos painéis solares Térmicos. No caso do comboio de alta velocidade, estamos muito perto do que se tem passado com a energia nuclear: as potências que investiram neste tipo de energia estão empenhadas em exportar o caríssimo equipamento que a produz para países sem consumo que o justifique, incluindo Portugal.

A Associação dos Instaladores de Portugal tem por objectivos a defesa e a promoção dos interesses dos industriais do subsector de construção, genericamente designado por Instalações Técnicas Especiais (electrotecnia, mecânica e electromecânica).