Porto de Setúbal avança com eletrificação dos acessos ferroviários aos terminais portuários

Projeto vai permitir aumentar o volume de mercadorias transportadas por comboio

15 de abril, 2024
Porto de Setúbal avança com eletrificação dos acessos ferroviários aos terminais portuários
O concurso público para a eletrificação do «last mile» ferroviário, de acesso aos terminais portuários do Porto de Setúbal, já foi lançado e irá permitir reduzir os constrangimentos existentes na ligação dos terminais à rede ferroviária nacional. Esta obra compreende a eletrificação dos ramais e canais de acesso aos terminais, facilitando a etapa final do transporte (last mile) e a reformulação do layout ferroviário para permitir manobras entre o porto e o complexo de mercadorias de Praias do Sado.
O investimento será de 17,5 milhões de euros, o prazo para apresentação de propostas decorre até 1 de julho e o período previsto para a realização dos trabalhos é de 420 dias.

A empreitada agora a concurso faz parte do Projeto Rail2Green, que está a ser desenvolvido pela APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, em conjunto com a IP – Infraestruturas de Portugal, e abrange um conjunto de intervenções que vão garantir melhorias operacionais e de segurança, permitindo ainda a receção/expedição e circulação de composições com 750 metros e o aumento do volume de mercadorias transportadas por ferrovia com origem/destino no Porto de Setúbal.

De acordo com o Presidente da APSS, Carlos Correia, «designámos este projeto com marca  Rail2Green, este é um dos projetos estruturantes que está a ser desenvolvido pelo Porto de Setúbal, no âmbito da nossa estratégia “Hub2Green”, e que tem como principal objetivo transformar o porto num “hub” económico de desenvolvimento sustentável na cidade, na região e no País. A eletrificação do “last mile” ferroviário vai possibilitar a melhoria das acessibilidades ferroviárias à zona central do porto, a descarbonização do interface ferroviário e o aumento da capacidade de receção de comboios. Iremos, também, diminuir os tempos da operação ferroviária e obter uma maior eficiência das condições de operação com segurança e sustentabilidade, naquele que é já o segundo porto nacional que mais comboios movimenta».