Para além do seu principal objetivo de retratar a realidade da Inovação em Portugal, o relatório traduz a importância da articulação entre diferentes organizações da esfera pública e atores da esfera privada, nomeadamente na produção e difusão de informação.
O Relatório Nacional de Inovação (RNI 2024) «retrata uma trajetória positiva e consolidada da inovação em Portugal, com enfoque especial nas áreas da Segurança e Defesa», lê-se. «O contexto global, marcado por tensões geopolíticas, reforça a necessidade de garantir soberania económica e tecnológica nacionais nestes domínios estratégicos. A articulação entre políticas públicas, setor empresarial, instituições científicas e organismos de defesa tem sido decisiva para responder a este desafio com soluções estruturadas e sustentáveis», indica o RNI.
Ao nível da Educação, registou-se um aumento global de 11% no número de diplomados do Ensino Superior entre 2019/20 e 2022/23. O crescimento no número de novos diplomados em áreas ligadas à Proteção, Segurança e Defesa, foi muito superior (77,4%), ultrapassando os 600 diplomados a partir de 2021/2022. A tendência foi acompanhada por um crescimento de 8% nas inscrições em cursos destas áreas (ligeiramente mais acentuado, com 9,5%, para estudantes do sexo feminino). Os homens representam a maioria (81%) dos inscritos nestes cursos, observando-se uma marginal redução do desequilíbrio de género.
A nível nacional, a percentagem da população entre os 25 e os 64 anos com ensino superior atingiu os 29,8% em 2023, revelando um crescimento sustentado da qualificação da população.
No domínio da Investigação e Desenvolvimento (I&D), Portugal apresenta uma «evolução robusta. Entre 2020 e 2023, a despesa total em I&D aumentou 40%, passando de 3,2 mil milhões de euros para 4,5 mil milhões de euros, o que corresponde a 1,7% do PIB. A despesa especificamente associada às entidades da Base Tecnológica e Industrial de Defesa (BTID) e organizações do Ministério da Defesa registou uma evolução de 29%, alcançando os 485,2 milhões de euros e mantendo uma representatividade estável que varia entre os 12 e os 13% da despesa total em I&D. Este crescimento está em linha com o dinamismo do setor empresarial, que registou um aumento de 74% na despesa dos serviços de mercado intensivos em conhecimento. A intensidade tecnológica do investimento também aumentou, com a média-alta tecnologia a crescer 57% e a alta tecnologia 16%».
Ao nível da inovação empresarial, a percentagem de empresas com atividades de inovação aumentou de 32,4% no triénio 2016-2018 para 44,7% no período 2020-2022.
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