Setor da Construção acompanha expansão da economia nacional
Dados são da Conjuntura da Construção, divulgados pela AICCOPN
17 de novembro, 2025

Crédito da Foto: Freepik
No 3.º trimestre de 2025, a estimativa rápida do PIB, recentemente divulgada pelo INE, aponta para uma expansão da atividade económica, com um aumento de 2,4% face ao mesmo trimestre do ano anterior.
Em comparação com o 2.º trimestre, a variação em cadeia do PIB fixou-se em 0,8%, sustentada pelo contributo positivo da procura interna, refletindo uma aceleração do consumo privado, apesar da desaceleração verificada no investimento global da economia nacional. No plano setorial, os indicadores globais relativos ao setor da construção evidenciam igualmente uma evolução favorável.
Em setembro, o desemprego registado no setor manteve a tendência de redução verificada ao longo do ano, com uma quebra de 10% face ao mesmo mês de 2024, traduzindo uma dinamização do mercado de trabalho. No mesmo sentido, o stock de crédito das empresas do setor, junto das instituições financeiras, aumentou 8,6% em termos homólogos, totalizando 6.820 milhões de euros.
Relativamente ao consumo de cimento no mercado nacional, até ao final de setembro manteve-se em níveis semelhantes aos de 2024, apurando-se uma variação de apenas 0,2%. No segmento das obras públicas, continua a verificar-se uma trajetória de crescimento robusto. Até ao final de setembro, o valor total dos concursos promovidos ascendeu a 8.624 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 33% face ao mesmo período de 2024.
No mesmo intervalo, os contratos de empreitada celebrados através de concursos públicos atingiram 5.345 milhões de euros, impulsionados em larga medida pela celebração do contrato da Linha de Alta Velocidade Porto-Oiã, no montante de 1.661 milhões de euros. Quanto ao segmento habitacional, entre janeiro e agosto de 2025 foram licenciados 27.295 fogos em construções novas, o que corresponde a um crescimento homólogo de 23,1%.
A área licenciada para habitação registou uma variação positiva de 18,1%, enquanto a área licenciada para edifícios não residenciais apresentou uma queda, revelando uma evolução assimétrica entre os diferentes segmentos do mercado imobiliário.