Intensidade energética em mínimos e renováveis em alta: balanço de 2023
Dados são do INE
21 de novembro, 2025

Crédito da Foto: Pixabay
Em 2023, a intensidade energética da economia situou-se em 3,7 MJ/€, traduzindo uma redução de 6,4% face a 2022, o que corresponde ao resultado mais baixo da série disponível. Esta evolução resultou de uma diminuição de 3,5% na utilização de energia, conjugada com um crescimento real de 3,1% do PIB.
No setor das famílias, a intensidade energética seguiu um percurso distinto, registando um aumento de 2,1%. Este comportamento decorreu do acréscimo de 4,5% no consumo de produtos energéticos, superior ao crescimento do consumo privado (+2,3%).
A produção de eletricidade com origem renovável aumentou 15,2%, impulsionada pela maior disponibilidade hídrica (+84,2%) e pelo significativo crescimento da produção de energia solar (35,2%). As energias renováveis representaram 62,4% da produção total de eletricidade, o valor mais elevado desde 2000, beneficiando da redução acentuada da utilização de gás natural (-37,3%) e da eliminação do carvão na produção elétrica, decorrente do encerramento, em 2021, das últimas duas centrais a carvão.
Em 2022, último ano com dados comparáveis para a União Europeia, Portugal foi o segundo Estado-membro com menor intensidade energética da economia.