Renováveis abastecem 78% do consumo de energia em fevereiro
Dados são da REN - Redes Energéticas Nacionais
4 de março, 2025

Crédito da Foto: Pixabay
Em fevereiro de 2025, a produção renovável abasteceu 78% do consumo de energia elétrica em Portugal. Segundo dados da REN - Redes Energéticas Nacionais, a produção não renovável foi responsável por 13% do consumo, enquanto os restantes 9% foram abastecidos com recurso a energia importada.
Já no acumulado do ano, a produção renovável abasteceu 77% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 38%, eólica com 28%, fotovoltaica com 6% e biomassa com 5%. A produção a gás natural abasteceu 13% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro abasteceu os restantes 10%.
Quanto ao consumo de eletricidade, «apesar do mês de fevereiro ter este ano menos um dia do que em 2024, o consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 3,2% (2,7% com correção de temperatura e dias úteis). Este crescimento foi impulsionado por temperaturas inferiores às verificadas no mesmo período do ano anterior, embora com valores muito acima dos valores médios para o mês. A evolução anual regista uma variação de 2,6%, ou 2,1% com correção da temperatura e dias úteis».
Tal como em janeiro as condições voltaram a ser muito favoráveis para a energia hidroelétrica, com um índice de produtibilidade de 1,28, indica a REN. Em sentido oposto, tanto nas eólicas como nas fotovoltaicas as condições foram particularmente desfavoráveis, com os índices respetivos a registarem 0,71 e 0,83, respetivamente. No caso da energia solar, o contínuo aumento da potência instalada permitiu manter crescimentos homólogos elevados (27%), com a potência entregue à rede a atingir pela primeira vez pontas da ordem de 2800 MW.
No período de janeiro e fevereiro, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,25, o de produtibilidade eólica em 1,00 e o de produtibilidade solar em 0,82.
No mercado de gás, o consumo cresceu 3,8%, devido ao comportamento positivo do segmento de produção de energia elétrica, que registou uma variação homóloga de 61%, face a uma disponibilidade de energia renovável inferior à verificada no mesmo período do ano anterior. No segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, o consumo caiu 8,3%, devido fundamentalmente a quebras em grandes consumidores industriais.
No final de fevereiro, o consumo acumulado anual de gás registou um crescimento de 1,5%, repartido por uma queda de 6,2% no segmento convencional e um aumento de 29% no segmento de produção de energia elétrica.
O aprovisionamento do sistema nacional continuou, nestes dois meses, a ser assegurado através do terminal de GNL de Sines, enquanto o saldo de trocas através da interligação com Espanha se manteve exportador, equivalendo a cerca de 6% do consumo nacional neste período. Os Estados Unidos, com 47%, e a Nigéria, com 39%, foram as principais fontes de gás consumido em Portugal.