Veículos elétricos já têm um custo de utilização mais baixo na maioria dos países da Europa, conclui a LeasePlan. Portugal destaca-se também por ser o quarto país onde ter um carro é mais caro.
Um relatório da LeasePlan conclui que o custo de ter um veículo elétrico é mais baixo do que ter um automóvel a gasóleo ou a gasolina na maioria dos 22 países analisados. Portugal é aquele em que a diferença é maior, com o encargo mensal a ficar até 38% mais barato face a modelos com motor a combustão.
As contas para o segmento D1 (médios familiares), que segundo a LeasePlan é o mais popular nas frotas de empresas, indicam que o custo mensal de ter um carro elétrico em Portugal é de 898 euros, menos 34% do que um modelo da mesma gama a gasóleo e menos 38,7% do que um automóvel a gasolina. É ainda 30,3% mais barato do que um híbrido plug-in. São exemplos de automóveis deste segmento o VW Passat, o Hyunday Ioniq5 ou o Ford Kuga.
Em nenhum outro país a diferença é tão acentuada, mas há outros em que o fosso é significativo. É o caso de França, onde ter um veículo elétrico sai 24,5% mais barato do que optar por um modelo com motor a gasóleo e 19,2% se for a gasolina. No Luxemburgo, a diferença supera os 15% nos dois casos.
Em 12 dos 22 países analisados, já sai mais caro ter um carro com motor a combustão. A este conjunto pode ainda juntar-se a Eslováquia e o Reino Unido, onde o elétrico já bate a gasolina. Há ainda um conjunto de países, como a Áustria, a Alemanha, ou a Espanha onde a diferença é muito pequena.
O LeasePlan Car Cost Index 2022, divulgado esta terça-feira, tem em conta os vários custos de ter um automóvel nos diferentes países, incluindo a energia ou combustíveis, impostos, encargos com financiamento, seguros, manutenção e a depreciação do valor dos veículos. O estudo assume que o carro é detido durante quatro anos e percorre 30 mil quilómetros por ano. Para efeitos de comparação é usado um automóvel com motor elétrico até 5% mais caro do que os modelos a combustão.
A mesma tendência verifica-se nos restantes segmentos comerciais, com os elétricos a tornarem-se mais competitivos nos utilitários (B1), de que são exemplos o VW Polo ou o Opel Mokka. Nos pequenos familiares, como o Mégane ou o Peugeot 308, os automóveis movidos a eletricidade são já mais baratos na maior parte dos países (18), conclui também o relatório. Indo para o segmento dos familiares premium (D2), como o BMW Série 3, o Mercedes-Benz GLC ou o Polestar 2, “os elétricos são mais baratos em virtualmente todos os países analisados”.
A empresa de gestão de frotas assinala que um dos motivos para os elétricos serem mais competitivos é que apesar da inflação no custo da eletricidade, a energia continua a ser “significativamente mais barata do que nos automóveis a gasolina e gasóleo”. Se num elétrico a energia representa 15% do encargo total mensal, na gasolina sobe para 23% e no gasóleo para 28%, contabiliza o relatório. O que mais do que compensa o facto de a depreciação do valor do automóvel ser maior.
Fonte:
eco.sapo.pt