No documento, explica-se que o fator que mais contribui para a atual situação do mercado imobiliário é o baixo investimento público em habitação, segundo 22,4% dos inquiridos neste novo
barómetro.
«Numa escala de um (mais importante) a seis (menos importante), o fator que mais inquiridos consideram que explica a atual situação do mercado imobiliário é o baixo investimento público em habitação (22,4%)», referiu a FFMS, com base nos resultados do inquérito para o primeiro barómetro, centrado no tema da crise da habitação em Portugal.
Nos fatores que contribuíram para a atual situação da habitação, o segundo mais apontado pelos inquiridos é a falta de casas disponíveis para habitação familiar (22,3%), mas este é também o fator considerado o menos importante por mais inquiridos (24,7%), segundo os resultados do relatório, numa nota a que a Lusa teve acesso.
O terceiro fator apontado como mais importante diz respeito à falta de regulação do mercado da habitação (20,1%), seguido do aumento do alojamento local (13,6%), aumento dos fundos de investimento imobiliário em Portugal (12,5%) e incentivos do Estado à procura de habitação por estrangeiros (11,3%).
Já quanto à evolução da situação da habitação, entre 2015 e 2022, três em cada quatro inquiridos estimaram que o aumento do preço médio da compra de casas em Portugal foi inferior (em média, aumento de 64%) ao que se observa nos dados estatísticos oficiais (90%).
O Barómetro da Habitação sondou 1.086 pessoas, numa amostra representativa da população portuguesa ao nível do sexo, idade e região NUTS II, num inquérito realizado pela empresa Domp, que resultou num relatório de Alda Azevedo (ICS – Instituto de Ciências Sociais) e João Pereira dos Santos (ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão), da Universidade de Lisboa.
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