A importância da engenharia no mercado de biometano em Portugal
A 7 de julho, a sede da OERN foi palco da sessão técnica «Desafios e oportunidades do biometano - contributo para a transição energética e descarbonização»
11 de julho, 2025

Crédito da Foto: OERN
O evento foi uma organização conjunta entre o Grupo de Trabalho de Engenharia do Ambiente da Ordem dos Engenheiros - Região Norte (OERN) e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG).
Em debate os desafios, oportunidades e necessidades inerentes ao setor do biometano e à criação do respetivo mercado em Portugal.
A sessão de abertura contou com as intervenções de Miguel Costa, Coordenador do Grupo de Trabalho de Engenharia do Ambiente da OERN, e de Bento Aires, Presidente do Conselho Diretivo da Ordem da OERN, que sublinharam a importância de discussão do tema, realçando a necessidade de se assegurar uma abordagem técnica, ativa, participativa e colaborativa entre os diferentes intervenientes, explica a OERN numa nota divulgada.
Foi ainda realçado o papel determinante que a Engenharia e os Engenheiros terão para concretização do biometano em Portugal e a disponibilidade da OERN para acolher este tipo de discussões sobre temas de capital importância.
Após a sessão de abertura, Teresa Ponce de Leão, presidente do LNEG, realizou uma apresentação sobre o Plano de Ação para o Biometano 2024-2040 (PAB), coordenado pelo LNEG, tendo começado por referir o enquadramento do setor do biometano. Foi referido que Portugal está atrasado na adoção do biometano face à União Europeia, tendo sido apresentados objetivos para a primeira de fase do trabalho do PAB, os quais passam por identificar entraves regulatórios e técnicos, propor medidas concretas a curto-prazo (2024-2026) e compilar contributos de workshops.
Durante a apresentação foram referidas algumas limitações existentes para o sucesso e implementação do mercado do biometano em Portugal, como sejam o investimento em projetos greenfield e brownfield, o licenciamento complexo e desarticulado entre entidades, entre outras. Para fazer face a tal, um conjunto de recomendações a nível de regulamentação e financiamento, infraestrutura e planeamento, licenciamento e digerido, mercado e utilização, sustentabilidade e circularidade, capitação e participação foram apresentadas. Na parte final da intervenção, Teresa Ponce de Leão realçou ainda a importância de necessidade de coordenação interministerial, a adoção de medidas urgentes para desbloquear licenciamento e financiamento, bem como a respetiva criação de um mercado robustos e sustentável para o biometano.
Após a apresentação, seguiu-se uma mesa-redonda de debate, que teve como moderador Jaime Braga, Secretário-Geral da Associação Portuguesa de Produtores de Bioenergia – APPB, e oradores Teresa Ponce de Leão, Cristiano Amaro, Head of Byomethane da Capwatt, e Nuno Fitas Mendes, Ceo da REN Portgás.