«Energético»: lançado projeto de combate à pobreza energética
Combater a pobreza energética em Portugal é o desafio.
23 de janeiro, 2025
Crédito da Foto Freepik
O projeto «Energético», uma iniciativa liderada pela Entrajuda, foi lançado recentemente, e visa combater a pobreza energética em Portugal, que afeta mais de dois milhões de pessoas.
O projeto foca-se em promover a literacia e eficiência energética, reduzindo desperdícios e incentivando consumos mais sustentáveis.
Com o objetivo de diminuir 35% do consumo de energia primária até 2030, o «Energético» disponibiliza ferramentas como simuladores de consumo e orientações sobre boas práticas energéticas. Estima-se que ações simples, como eliminar o consumo de aparelhos em standby, possam reduzir custos anuais superiores a 120€ por família.
O projeto, que conta também com REN, EDP, Floene, Fundação Galp, ERSE e ADENE como parceiros fundadores, reforça o compromisso coletivo na luta contra a pobreza energética e a promoção de um futuro mais sustentável.
Citada em comunicado, Isabel Jonet, presidente da Entrajuda, diz que «as situações de pobreza energética agravam as condições de vida das pessoas que, em situação de vulnerabilidade económica e social, ficam ainda mais fragilizadas devido ao aumento do endividamento por dificuldade de pagamento das faturas de energia». Acrescenta que este «é um compromisso coletivo para transformar a realidade da eficiência energética em Portugal e contribuir para um futuro mais sustentável e justo para todos».
Os promotores do projeto lembram que atualmente, estima-se que entre 1,1 e 2,3 milhões de portugueses vivam em situação de pobreza energética moderada, e entre 660 e 680 mil em pobreza energética extrema, de acordo com as estimativas avançadas pela Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética 2021-2050.
Tendo como objetivo contribuir para a redução de 35% do consumo de energia primária para 2030, meta prevista no Plano Nacional Integrado de Energia e Clima, o projeto «Energético» pretende promover um «pacto com impacto» entre municípios, regiões, agentes, associações, produtores, distribuidores e consumidores, com o objetivo de mudar hábitos e promover consumos mais eficientes.