Criação de empresas cresce face ao ano passado

Foram criadas 32 422 empresas até 31 de julho de 2025.Atividades imobiliárias e Construção com os maiores crescimentos

12 de agosto, 2025
Criação de empresas cresce face ao ano passado
Crédito da Foto: Pixabay
Desde início do ano até final de julho, foram criadas em Portugal 32 422 novas empresas, o que corresponde a uma ligeira subida das constituições face ao mesmo período do ano anterior (+0,8%; +263 constituições). Os dados são da Informa D&B.
Mais de metade dos setores registam crescimento na constituição de empresas. Com aumentos consecutivos há 9 meses, Atividades imobiliárias (+22%; +697 constituições) e Construção (+11%; +410 constituições), têm os maiores crescimentos até 31 de julho, particularmente nas ‘Atividades de compra e venda de bens imobiliários’ e na ‘Construção de edifícios residenciais e não residenciais’. As atividades de ‘Agricultura e pecuária’ (+26%; +209 constituições) e dos ‘Serviços de apoio às empresas’ (+3,4%; +147 constituições) têm igualmente aumentos expressivos na criação de empresas.

O setor dos Transportes (-24%; -731 constituições) mantém a maior descida na criação de empresas, nomeadamente nas ‘atividades de serviços de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor’, um recuo com forte impacto nos valores gerais neste período.

Além dos Transportes, o Retalho (-10%; -305 constituições) e os Serviços gerais (-4,2%; -200 constituições) têm também descidas significativas. No Retalho, destaca-se a descida das constituições de empresas do Retalho alimentar (-37%; -241 constituições) que ocorreu sobretudo no ‘Comércio a retalho não especializado, por correspondência ou via Internet, com predominância de produtos alimentares, bebidas e tabaco’. Nos Serviços gerais, o segundo maior setor em número de constituições neste período, a descida ocorreu em quase metade das atividades, destacando-se as atividades de Saúde, desporto e bem-estar (-4,4%; -117 constituições) e sobretudo as de Saúde.

A maior parte das regiões viu as constituições aumentaram até 31 de julho. Norte (+2,9%; +286 constituições), Oeste e Vale do Tejo (+9,3%; +175 constituições) e Centro (+3,9%; + 146 constituições) registam os maiores crescimentos face ao período homólogo. As maiores descidas verificaram-se na Grande Lisboa (-2,8%; -272 constituições), Algarve (-6,9%; -138 constituições) e Península de Setúbal (-0,9%; -22 constituições), sobretudo em consequência da descida de novas empresas de Transportes nestas regiões.


Encerramentos mantêm tendência de descida

Até final de julho, encerraram 5 963 empresas em todo o país, o que corresponde a uma descida face ao semestre homólogo.

No acumulado dos últimos 12 meses, desde agosto de 2024 até final de julho de 2025, encerraram 13 478 empresas em Portugal, um registo 14% abaixo dos 12 meses anteriores (-2 139 encerramentos). A análise no acumulado dos últimos 12 meses minimiza o desfasamento temporal que se verifica entre a data efetiva de dissolução da empresa e a data da respetiva publicação, procurando leituras mais fidedignas de tendências.

A descida neste período é transversal a todos os setores de atividade, destacando-se o setor do Alojamento e restauração (-20%; -355 encerramentos).


Insolvências descem 8%

1 156 empresas iniciaram um processo de insolvência entre janeiro e final de julho deste ano, o que corresponde a uma descida de 8,3% (-104 insolvências) face ao período homólogo. Esta descida verifica-se após 2 anos de aumentos consecutivos neste indicador.

Apesar da descida ter ocorrido em mais de metade dos setores de atividade, foi especialmente concentrada no setor das Indústrias (-30%; -108 insolvências), nomeadamente na Indústria de Têxtil e moda (-45%; -100 insolvências), que nos últimos dois anos tinha registado aumentos sucessivos nas insolvências.