Intensidade energética mais baixa desde 2000 - 2021
Dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE)
23 de novembro, 2023
Em 2021, ano ainda afetado pelo impacto da pandemia Covid-19, a intensidade energética da economia (relação entre a utilização interna líquida de energia e o PIB a preços constantes) foi de 4,6 MJ/€ (-3,8% face a 2020), correspondendo ao valor mais baixo da série disponível, após quatro anos consecutivos a diminuir.
Esta evolução reflete um aumento de 1,7% da utilização de energia, inferior à evolução positiva do PIB em termos reais (+ 5,7%).
A intensidade energética do setor das famílias (rácio entre a utilização interna líquida de energia pelas famílias e o consumo privado a preços constantes) seguiu a mesma tendência, reduzindo-se em 2,6%, como resultado de um aumento do consumo de produtos energéticos pelas famílias (+2,0%) inferior à evolução positiva verificada no consumo privado (+4,8%).
A produção de eletricidade com origem renovável aumentou 5,1%, devido sobretudo à maior utilização de energia solar (+20,0%), de madeira, desperdícios de madeira e outra biomassa sólida e carvão vegetal (+10,8%) e eólica (+7,5%).
A contribuição das energias renováveis para a produção de eletricidade foi de 52,9% (máximo do período 2000-2021), em resultado do efeito conjugado da redução da utilização de fontes fósseis como o carvão (-66,6%) e o gás natural (-11,8%) com o aumento de utilização de fontes renováveis.
Para este efeito contribuiu, adicionalmente, o encerramento, em 2021, das duas últimas centrais de produção de eletricidade a carvão em Portugal.
Em 2020, último ano com informação disponível para a UE, Portugal foi o Estado-membro com a terceira mais baixa intensidade energética da economia.