Produção global de metais básicos

Dados revelados pela Crédito y Caución

17 de maio, 2024
Produção global de metais básicos
De acordo com o último relatório divulgado pela Crédito y Caución, a produção global de metais básicos vai abrandar o seu crescimento para 2,2% em 2024, devido ao declínio da produção na China e na Índia.
Na zona do euro, a seguradora de crédito espera que a produção de metais básicos contraia -0,5% no conjunto do ano, devido ao frágil crescimento económico, às elevadas taxas de juro, à fraca procura externa e à recessão industrial. Apesar da descida dos preços do gás, a indústria metalúrgica e siderúrgica na zona do euro enfrenta uma desvantagem competitiva estrutural em termos de custos energéticos em relação a outros países.

De acordo com o relatório, a produção nos mercados avançados deverá recuperar lentamente a partir do segundo semestre, se se confirmar a recuperação gradual da procura industrial e o alívio das pressões sobre os custos.

Neste contexto, o relatório prevê que a produção metalúrgica nos mercados avançados atinja um crescimento de 4,4% em 2025 (3,4% na Europa). O setor deverá beneficiar das alterações esperadas nas políticas monetárias e do fim do ciclo de redução de existências. À escala global, o crescimento em 2025 estagnará em 2,1% devido ao abrandamento chinês.

Entre os pontos fortes do setor no médio prazo está o crescimento da procura por metais e aços verdes, especialmente por parte da indústria automóvel e dos fabricantes de turbinas eólicas. Isto implica que os produtores ecológicos podem obter uma vantagem competitiva sobre os fabricantes que são mais lentos na transição. Outro fator de dinamismo é a crescente urbanização dos mercados emergentes, o que se traduz numa maior procura por parte das suas empresas de construção para realizar novas habitações ou para melhorias de infraestruturas.

Entre os principais riscos para o desempenho do setor está a transição para as energias limpas, que será intensiva em capital e intensificadora de custos. A médio prazo, o desempenho global da metalurgia dependerá, em grande medida, da capacidade da China para reorientar a sua economia. Outro fator relevante será o impacto das tarifas sobre o carbono.