Comissão Temática de Energia e Clima da CPLP apresenta Roteiro de Cooperação 2030 na COP30

COP 30 termina esta sexta-feira, em Belém do Pará, Brasil

18 de novembro, 2025
Comissão Temática de Energia e Clima da CPLP apresenta Roteiro de Cooperação 2030 na COP30
Crédito da Foto: Pixabay
A Comissão Temática de Energia e Clima dos Observadores Consultivos da CPLP, coordenada pela ALER e subcoordenada pela Associação Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP), marcou presença na COP30, em Belém do Pará (Brasil), para apresentar o Roteiro de Cooperação 2030 em Energia e Clima nos Países da CPLP - um documento estratégico lançado no passado mês de outubro, em Moçambique, durante a I Semana de Energia e Clima da CPLP. 
O Roteiro, desenvolvido ao longo de 2025 através de um processo multilateral envolvendo governos, instituições regionais e internacionais e o setor privado, define quatro eixos estratégicos de cooperação: Planeamento Energético; Capacitação e Liderança; Mobilização de Financiamento; e Aceleração das Transições Energéticas. Mais do que uma agenda comum, o documento representa uma visão coletiva de transformação, progresso e desenvolvimento, servindo como ponto de partida para ações conjuntas, participativas e orientadas para resultados.
 
A cerimónia de abertura contou com as intervenções de Nilda Borges da Mata (Ministra do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável de São Tomé e Príncipe), Jean Barroca (Secretário de Estado da Energia de Portugal) e Nascimento Soares (Secretário de Estado da Ação Climática e Desenvolvimento Sustentável de Angola), que evidenciaram o papel determinante da cooperação regional para impulsionar transições energéticas justas, inclusivas e resilientes nos países de língua portuguesa.

«A cooperação entre os nossos países tem sido um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável na CPLP. O Roteiro de Cooperação 2030 é mais uma prova dessa força coletiva – é um instrumento que amplia as possibilidades de colaboração, promove o intercâmbio de conhecimento e consolida a nossa visão comum de um futuro energético mais sustentável, inclusivo e resiliente para a Comunidade», afirmou Nilda Borges da Mata.
 
«Sendo este um exercício agregador, tem de ser também um diálogo contínuo entre parceiros na concretização de ações de inovação, usando as melhores e mais adaptadas tecnologias que permitam melhorar as condições de vida das populações», reforçou Jean Barroca, defendendo que o Roteiro deve agora tornar-se um elemento vivo, focado na implementação e em resultados concretos. Para o Secretário de Estado de Energia de Portugal, «o tempo de conceção terminou» e é necessário redobrar a partilha de conhecimento, porque «o desafio é fazer» e para isso «todos temos de colaborar».