Fraude online com cartões aumentaram 23%

No segundo trimestre de 2021

7 de outubro, 2021
Fraude online com cartões aumentaram 23%
Segundo a Feedzai, trata-se de um tipo de esquema em que os consumidores pagam por produtos ou serviços que nunca lhes são entregues ou fornecidos e que registou um grande aumento, à medida que os utilizadores fizeram mais compras online.
As tentativas de fraude online com cartões bancários aumentaram 23% no segundo trimestre de 2021, de acordo com o novo Relatório de Crime Financeiro da tecnológica portuguesa Feedzai.

O relatório baseia-se na análise de 1,5 mil milhões de transações globais e identificou as compras fraudulentas como a ameaça mais frequente neste período.

Segundo a Feedzai, trata-se de um tipo de esquema em que os consumidores pagam por produtos ou serviços que nunca lhes são entregues ou fornecidos e que registou um grande aumento, à medida que os utilizadores fizeram mais compras online.

“Os pagamentos desmaterializados já estavam a subir, mas a pandemia acelerou todas as formas de transações digitais quando começaram os períodos de confinamento”, afirmou o diretor sénior de ciência de dados global da Feedzai, Jaime Ferreira.

No segundo ano da pandemia de covid-19, os dados indicam que houve uma subida significativa nas transações digitais, em que não há numerário presente: cresceram 109% entre abril e julho de 2021. Ao mesmo tempo, houve um decréscimo de 44% nas transações em numerário.

“As transações desmaterializadas já não são o futuro, estão aqui. Mas a conveniência vem com um custo”, salientou Jaime Ferreira. “As instituições financeiras e os retalhistas precisam de endereçar o risco financeiro e a maior complexidade dos ataques que surgem com a evolução digital”.

Numa indicação de que os consumidores dependem cada vez mais dos smartphones, os esquemas de ‘smishing’ entraram no top cinco pela primeira vez, sublinha o relatório.

‘Smishing’ é a designação de um tipo de fraude que chega por mensagem de texto (SMS) e em que os autores tentam enganar os consumidores para os levarem a carregar em hiperligações perigosas e a partilharem informação pessoal.

A segunda fraude mais detetada foi a aplicação de esquemas de engenharia social e a terceira a usurpação de identidade, seguida pela fraude de invasão de conta (account takeover).

Os dados compilados pela tecnológica portuguesa mostram também que houve um aumento significativo, de 146%, nos pagamentos pessoa-a-pessoa (peer-to-peer).

Para mitigar o risco de ataques, o relatório incentiva os consumidores a usarem meios de autenticação biométrica, ativarem a autenticação de dois fatores, e terem cuidado com comunicações potencialmente suspeitas, como mensagens de texto e emails que aparentam ser de instituições financeiras mas podem ser fraudulentas.

Fonte: jornaleconomico.sapo.pt