O imobiliário comercial pode estar a caminho do melhor ano de sempre, tendo movimentado 180 milhões de euros durante o primeiro semestre do ano. A tendência de crescimento e de aproximação em relação aos números pré-pandemia é transversal aos vários sectores.
O mercado dos escritórios em Portugal cresceu consideravelmente no primeiro trimestre do ano. Um aumento de 120% em Lisboa e no 112% no Porto, quando comparado com o período homólogo. A atividade turística acompanha esta tendência, tendo-se verificado o quádruplo das dormidas nos primeiros dois meses em relação ao último ano.
Os dados são de um comunicado lançado pela JLL, baseado no seu mais recente “Market Pulse”, um relatório trimestral de mercado.
No primeiro trimestre, o imobiliário comercial fez movimentar 180 milhões de euros e o mercado segue num bom caminho para este ser um dos melhores anos de sempre, de acordo com a consultora imobiliária. A procura continua alta e sem sinais de abrandamento, com a renda ‘prime’ em Lisboa situada nos 25 euros/m2 mensais ao final do trimestre.
“Esperamos que o volume agora transacionado cresça de forma considerável nos próximos trimestres”, disse Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal, citado pelo relatório.
Também a atividade turística está em alta. O número de dormidas e de visitantes nos primeiros três meses do ano foi quatro vezes mais do que em período homólogo, registando-se uma aproximação clara aos números verificados em período pré-pandemia. Há até alguns casos onde já estão a verificar-se novos máximos, como é o caso da diária média em Lisboa (ADR), que atingiu os 109 euros.
Nos mercados ocupacionais, verifica-se uma expansão em quase todas as frentes, com um crescimento que deixa os valores muito próximos dos números anteriores à pandemia.
No retalho, existe também uma recuperação, mas de forma mais gradual. Uma tendência transversal a grande parte do setor, de onde se destacam os retail parks e o retalho alimentar.
A recuperação é mais evidente no sector industrial e logístico, no qual se regista grande dinamismo da parte da oferta e do investimento. Ainda assim, o mercado continua com dificuldades em cobrir a procura – cada vez mais elevada – em Lisboa e no Porto.
Fonte:
jornaleconomico.pt