«Energia em Números 2023» já está disponível

Documento é da responsabilidade do Observatório da Energia da ADENE e da DGEG

3 de julho, 2023
«Energia em Números 2023» já está disponível
A edição de 2023 do «Energia em Números» já se encontra disponível, sendo que faz uma caraterização do setor energético em Portugal.
Esta publicação anual, que existe desde 2019, é cada vez mais um instrumento fundamental para compreender o setor energético através de indicadores como, por exemplo, a dependência e intensidade energéticas, indicadores per capita e emissões de Gases com Efeito de Estufa.

No documento pode ser consultada informação consolidada sobre o consumo e transformação de energia, os preços médios dos diferentes produtos energéticos, o número de consumidores de eletricidade e gás natural, os beneficiários da tarifa social de energia e muitos outros.

A publicação, constituída por oito capítulos, cobre as seguintes áreas temáticas: Indicadores Energéticos, Balanço Energético, Fatura Energética, Produção Doméstica e Transformação, Consumo, Preços, Mercados de Eletricidade e Gás Natural e Eficiência Energética.

O documento apresenta dados referentes aos principais indicadores estatísticos nacionais em matéria de energia, incidindo particularmente na informação relativa aos anos 2021 e 2022, funcionando como um importante veículo de promoção da literacia energética. Alguns dados relevantes que constam da publicação:
  • Portugal está menos dependente do exterior: em 2011 apresentava uma dependência energética de 79,4% e em 2021 esse valor situou-se nos 67,1% sendo um dos principais objetivos da política energética nacional a redução dessa dependência para 65% em 2030, conforme estabelecido no Plano Nacional Energia Clima (PNEC). Na União Europeia, Portugal foi o 10º país com a maior dependência energética, com 11,4 p.p. acima da média UE-27 que foi de 54,5%.
  • Em 2021, o Consumo de Energia Primária (CEP) sem usos não-energéticos reduziu ligeiramente ( -0,3%) relativamente ao ano 2020. Dada a nova meta revista e fixada para 21 Mtep no PNEC 2030, o valor calculado encontra-se 7% abaixo do objetivo para 2030.
  • Em 2021, a intensidade energética da economia em energia primária situou-se em 106 tep/M€2016 (-4,5% face a 2020) enquanto a intensidade energética da economia em energia final foi de 82 tep/M€2016 (igual a 2020). Por outro lado, a intensidade energética da economia em eletricidade situou-se em 244 MWh/M€2016 (-3,6%, face a 2020). Comparando os dados dos países da UE-27, verifica-se que em 2021, Portugal foi o 14º país com a menor intensidade energética da economia, cerca de 0,7 % acima da média da UE-27.
  • Em 2022, o saldo importador de produtos energéticos foi de 11 831 milhões de euros o que, face a 2021, representou um aumento de 124,2% em euros.
  • De 2012 a 2022, a potência instalada para produção de energia elétrica, cresceu cerca de 13,7%. No mesmo período, a potência instalada das centrais de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis aumentou 56,1% e a potência instalada das centrais de produção de eletricidade a partir de fontes não renováveis diminuiu 36,3%.
  • A potência instalada na tecnologia fotovoltaica foi a que mais cresceu, tendo chegado a 2,6 GW.
  • O setor dos transportes continua a ser o principal consumidor de energia, representando, em 2021, 34,1% do consumo total de energia final. No ano anterior representava 32,8% e em 2011, 36,7%.
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