Para a maioria dos portugueses, ter uma casa sustentável não é prioridade

Estudo dá nota das razões que levam os portugueses a fazerem obras em casa

14 de agosto, 2024
Para a maioria dos portugueses, ter uma casa sustentável não é prioridade
A sustentabilidade é uma preocupação para mais de metade dos portugueses (66,5%), mas apenas 7,6% realizam obras em casa por esse motivo, valor que sobe para os 29,9% quando o objetivo é melhoria da classe energética da casa.
Esta é uma das conclusões do estudo «Obras em Casa», realizado pela UCI com a SPIRITUC, que contou com a participação de 608 inquiridos de todas as regiões do país.

66,5% dos inquiridos demonstram preocupação e interesse nas questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental; contudo, apenas 29,9% dos inquiridos refere a melhoria da classe energética da casa como uma motivação para as obras. Só 7,6% realizam obras em casa devido às preocupações ambientais.

A maioria das obras (51,2%) foram efetuadas em moradias, sendo que 82,6% dos inquiridos são proprietários dos imóveis intervencionados; o quarto, a sala e a cozinha são as três divisões onde se realizam mais obras (65,1%, 62% e 54,6%, respetivamente); as obras mais frequentemente realizadas nos últimos 18 meses dizem respeito à pintura dos imóveis (67,9%), mas também se destacam o isolamento de paredes (37,3%), a reparação de infiltrações (36,8%), a substituição do pavimento (33,3%) e a mudança de canalização (33,3%).

Quanto aos principais motivos que justificam a realização de obras, o conforto é apontado como a primeira preocupação (72,9%). Seguem-se a melhoria das condições e renovação do espaço (65,6%), bem como a segurança e manutenção das habitações (33,6%).

Em média, são gastos 12 mil euros para realizar as obras pretendidas. Na maioria dos casos, as obras foram executadas por empresas de construção (49%) ou pelos próprios inquiridos (33,4%). 81,1% solicitaram orçamento antes da realização das obras, tendo obtido o valor médio previsto de onze mil euros. Contudo, o valor final das obras nesses casos foi em média de treze mil euros.

Quanto aos timings de execução das obras, houve, em média, entre o previsto e o real, um desvio de 7 dias face ao inicialmente previsto. Relativamente aos impactos das intervenções realizadas, foram sobretudo sentidas em termos de satisfação com a casa (8,61/10) e de conforto (8,38/10). Antes das obras, os inquiridos classificam, em média, o estado do imóvel com um 5,74/10, valor que subiu para os 8,44/10 depois das obras.

Apenas 6,7% dos inquiridos recorreram exclusivamente a financiamento bancário para pagar as obras. Os três principais motivos para avançar com o crédito para obras são: o facto de já ser cliente da instituição bancária (61,4%), ser a melhor proposta em termos de valor da prestação mensal (38,6%) e ter melhores condições (spread, juros, etc.) (37,1%).

71,2% dos inquiridos admitem ter conhecimento da existência de programas de apoio do Estado e de outras entidades para o financiamento de obras para melhoria da eficiência energética. No entanto, apenas 18,6% recorreram a esses apoios, sendo que desses 73,5% concorreram ao Fundo Ambiental.

Aceda aqui ao estudo.