Como melhorar a eficiência energética de equipamentos industriais?
Universidade de Coimbra estuda o tema
17 de setembro, 2024
O Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) tem vindo a estudar, no âmbito do Mestrado Conjunto Europeu em Tribologia de Superfícies e Interfaces (TRIBOS+), Tribologia, a ciência que estuda os fenómenos de desgaste, atrito e lubrificação entre dois corpos e o seu comportamento em movimento relativo, aspetos fundamentais para a manutenção e melhoria de sistemas mecânicos, contribuindo para a eficiência energética e a durabilidade dos equipamentos.
O TRIBOS+ é um programa europeu de 2.º ciclo, criado em 2015 e financiado pela União Europeia.
«O objetivo principal deste projeto foi o de fornecer aos estudantes conhecimentos avançados sobre Tribologia, necessários para que a próxima geração de engenheiros possa enfrentar problemas interdisciplinares relacionados com Tribologia, através de um programa de mestrado conjunto interdisciplinar e complementar sobre superfícies tribológicas, interfaces, lubrificantes, lubrificação, mecanismos de desgaste e fricção (numa escala nano e macro), computação e simulação», explica Bruno Trindade, docente do DEM/FCTUC e investigador do Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos (CEMMPRE), citado em comunicado.
Nas nove edições deste mestrado estiveram inscritos 120 estudantes de 15 países de quatro continentes diferentes. «Muitos destes alunos decidiram prosseguir para doutoramento e os restantes enveredaram pela indústria, algumas delas parceiras deste programa. Foi possível formar mestres altamente qualificados em Tribologia, que contribuem atualmente para o estabelecimento de novas soluções tribológicas de melhor desempenho, resultando numa diminuição do consumo de energia, através da redução do atrito entre componentes», conta.
O TRIBOS+ resultou de um consórcio formado por quatro universidades europeias com elevada formação e conhecimento nesta área científica, nomeadamente Universidade de Coimbra (Portugal), Universidade de Leeds (Reino Unido), Universidade de Ljubljana, (Eslovénia) e Universidade de Tecnologia de Luleå (Suécia).
Este programa teve um financiamento total nos nove anos de 20 milhões de euros por parte da União Europeia.