2017 foi o ano de maior crescimento da Zona Euro em uma década

14 de fevereiro, 2018
O produto interno bruto da Zona Euro avançou 2,5% no ano passado, o que representa o valor mais elevado em dez anos. Olhando apenas para o último trimestre, a economia avançou 0,6% face aos três meses anteriores e 2,7% face ao último trimestre de 2016.

A robustez da economia da Zona Euro foi confirmada pela segunda leitura do produto interno bruto (PIB), divulgada esta quarta-feira pelo Eurostat. A economia da Zona Euro avançou 2,5% nos 12 meses do ano passado. Este valor representa o crescimento económico mais elevado em dez anos – em 2007 a economia da área do euro avançou 3%. O mesmo crescimento foi alcançado pela União Europeia no ano passado.
Olhando apenas para os últimos três meses do ano passado, o produto interno bruto (PIB) subiu 0,6%, tanto na Zona Euro como na União Europeia, face ao terceiro trimestre. Comparando com o período homólogo de 2016, o PIB da Zona Euro avançou 2,7% no quarto trimestre e 2,6% na União Europeia.

Em termos trimestrais, o PIB português ficou acima da média europeia. No global do ano passado, a economia nacional avançou 2,7% e 0,7% no quarto trimestre face aos três meses anteriores.

O crescimento do PIB na Zona Euro abre boas perspectivas para o comportamento da economia este ano e pode colocar mais pressão sobre o Banco Central Europeu para colocar um travão na sua política expansionista.

Na semana passada, a Comissão Europeia melhorou as previsões de crescimento económico para a Zona Euro e a União Europeia para os anos de 2017, 2018 e 2019. Para este ano, Bruxelas antecipa um crescimento de 2,3% e 2% no próximo ano, na Zona Euro e no espaço da União Europeia. Nas projecções de Outono, a instituição apontava para crescimentos económicos de 2,1% e 1,9%, em 2018 e em 2019.

A Comissão acredita que este é o resultado do momento forte que a Europa atravessa, "onde o mercado de trabalho continua a melhorar e o sentimento económico é particularmente elevado. A melhoria nas previsões económicas é acompanhada, no entanto, por um aviso para a necessidade de as economias europeias aproveitarem a oportunidade para se fortalecerem.

Fonte: Jornal de Negócios